Por José Reinaldo Marques
Fernando Pellon é o poeta que vale a pena, nas palavras de Tarik de Souza, e “dá nome às doenças, como fazia Augusto dos Anjos, com um requinte de morbidez que ainda perde, no entanto, para a crueldade exibida diariamente por nossas autoridades mais altas”. Em suas jornadas poéticas, o compositor dialoga com diversos personagens urbanos, em situações cotidianas, sem eufemismos como ele próprio canta em um de seus versos.
Neste domingo, 22 de abril, espremido entre a lembrança de Tiradentes e que antecede as celebrações a Ogum e a São Jorge, nesta segunda-feira, 23, meio que saudoso de um dedo de prosa com o amigo em compositor, liguei a antiga vitrola para ouvir o LP “Cadáver pega fogo durante o velório”.
Foi bom reencontrar Fernando Pellon em seu primeiro disco, ao lado do parceiro Paulinho Lêmos, de Cristina Buarque, Nadinho da Ilha, e a voz de Synval Silva na bela gravação de “Altivez” (clique e ouça) a segunda faixa do disco lançado em 1984.
Fernando Pellon é o compositor cuja música vale a pena ouvir sempre!