Enquanto dá continuidade à produção de seu novo disco, em meio às atividades diárias como geólogo da Petrobras, o compositor Fernando Pellon encontra tempo para ler os autores que mais gosta, curtir a boa música e degustar aquela que ele considera ser a melhor feijoada da cidade do Rio de Janeiro.
Quando o assunto é literatura e poesia, o autor de “Moribundas vontades” e “Aço frio de um punhal” revela seus livros e escritores prediletos: “1984”, de George Orwell; “O processo” de Franz Kafka; “Eu e outras poesias”, de Augusto dos Anjos, um dos poetas cuja obra tem grande influência no seu estilo de compor.
Nessa lista também figuram Torquato Neto, com o livro “Os últimos dias de Paupéria”. Outro poeta que também chama atenção de Fernando Pellon é Augusto de Campos, autor de “Balanço da Bossa e outras bossas”. O compositor indica ainda a leitura de “O Kitsch, a arte da felicidade”, de Abraham Moles.
No momento Fernando Pellon lê “A era dos festivais – Uma parábola”, de Zuza Homem de Mello; “Eu quero é botar meu bloco na rua – A biografia de Sérgio Sampaio”, de Paulo Henriques Britto; e “A divina comédia dos Mutantes”, de Carlos Calado.
Apesar de o cenário para as artes do Rio de Janeiro não ser animador, Pellon acredita na sua recuperação cultural, devido à qualidade da produção artística que se faz por aqui. E cita como exemplo os espaços que mantêm uma boa programação musical, como o Auditório Radamés Gnattali da Casa do Choro, na Rua da Carioca, no centro da cidade.
Completando o roteiro cultural de Fernando Pellon falta ainda falar sobre gastronomia. E a dica que ele dá é a seguinte: “Curto e recomendo qualquer feijoada do Renascença Clube, ali na Rua Barão de São Francisco, no Andaraí”.